Na natureza podemos encontrar o âmbar em diversas tonalidades. Segundo cientistas, são em torno de 250 tons diferentes, ao contrário do que a maioria das pessoas imaginam, o âmbar não é somente aquele tom amarelado.
Sendo assim, por toda essa diversidade, não há necessidade de que os joalheiros utilizem tratamento artificial nas peças para a criação de joias coloridas e especiais.
Mas quais são as diferenças entre as tonalidades do Âmbar? A gente vai responder essa pergunta ao longo deste artigo. Por isso, continue esta leitura conosco para tirar suas dúvidas.
Por que existem tantas tonalidades diferentes de âmbar?
O principal material do âmbar é a resina de árvores. A cor âmbar claro permanece após a mutação da resina em âmbar. Ela pode ser transparente ou opaca, porém variações podem surgir em relação à sua cor dependendo de alguns fatores que podem afetá-la.
Por exemplo, a resina por ter influência de elementos que evaporam e de impurezas que entram em contato com ela podem trazer alterações como acontece nas tonalidades verde e azul.
Quando ocorre oxidação ela escurece, atingindo um tom avermelhado ou preto. Em determinada densidade, o âmbar retira a luz e isto é visto como uma espécie de cor.
Quais são as diferenças?
O Âmbar possui cores principais, que se dividem em várias tonalidades. Separamos as informações sobre cada uma para que você possa notar as diferenças e entender o processo de formação delas.
Além disso, também falamos um pouco da representação de cada tonalidade do âmbar antigamente. Já que é algo usado há milhares de anos pelo mundo e permeia conhecimentos sobre fitoterapia, espiritualidade, medicamentos, entre outros.
Âmbar Vermelho
Esta é uma das tonalidades mais raras de âmbar na natureza. Porém deve ser ressaltado que é possível chegar ao tom de âmbar vermelho artificialmente, através de aquecimento, mas ele perde suas propriedades e efeitos.
O processo natural para chegar a essa coloração é muito longo, sendo possível chegar a essa tonalidade após 50-70 anos. Os tons podem variar de laranja a vermelho escuro.
O vermelho se forma quando o âmbar fica muito tempo no ar e sofre processo de oxidação e influência do calor do sol e fogo na floresta.
Conhecido como “sangue de dragão”, esteve muito presente nos tesouros Shosoin encontrados no Japão. Era altamente reconhecido por seu valor e raridade e também aos poderes místicos e divinos ministrado a ele.
Âmbar Branco
O âmbar branco é bastante raro. Algumas pessoas consideram o âmbar branco como marfim, por exemplo. Essa formação de coloração branca acontece quando os materiais voláteis da resina evaporam muito rapidamente com a intensidade do calor solar e a resina é obtida em forma de espuma.
Algumas inclusões da tonalidade são explicadas pelo fato da resina não ser fluída e aderida simultaneamente. Por exemplo, a resina não espuma em dias nublados, então depois juntava à resina espumada algumas impurezas, trazendo particularidades para o âmbar.
Antigamente, há muitos anos, o âmbar branco tinha seu uso em medicamentos caros, principalmente para doenças cardíacas. Para esse remédio, usavam como ingredientes os seguintes itens: âmbar branco, coral vermelho, raízes de Rubiaceae, chifre de veado, pérola e garras de caranguejo negro. Muito diferente do que podemos pensar para medicamentos nos dias atuais.
Âmbar Azul
Este é realmente o âmbar mais valioso da natureza e também o mais raro. Atualmente, é cada vez mais incomum encontrar a tonalidade azul. Esta tonalidade é formada quando entra em contato com um solo saturado de piritas, após boiar pelo rio até a península da Sâmbia, por exemplo.
As piritas entram em contato com o âmbar, tornando-o azul. Há diferenças entre o azul do âmbar Báltico e do âmbar dominicano. O segundo possui um tom azulado apenas por uma luminosidade especial.
Pela sua raridade, é uma das joias mais interessantes que podem existir. Quando combinado com algum metal precioso, adquire uma beleza ímpar.
Os povos mais antigos, principalmente sacerdotes chefes, usavam o âmbar azul para a benção dos deuses e previsões corretas, trabalhando com os espíritos da água, terra, ar e fogo.
Âmbar Preto
O âmbar preto é encontrado com bastante frequência. Sua formação acontece no processo de mistura com restos de cascas. Portanto, isso torna ele bastante frágil para artistas trabalharem, por conta das impurezas que existem juntamente com a resina.
Num geral, o âmbar preto é bastante escuro, pois sua formação é sob pouca luz. Porém, quando exposto sob luz alta, o âmbar negro ganha nuances de vermelho escuro, ficando belíssimo.
Há algumas histórias sobre o âmbar preto, nas quais utilizavam o âmbar no peito de falecidos para proteger a alma de ataques malignos.
Mateson de Riga teve habilidades em descobrir que o âmbar preto é energeticamente mais ativo. Por isso, recomenda-se o uso de contas de âmbar preto para pessoas que têm problemas de garganta, especialmente de tireoide.
Âmbar Verde
Assim como o azul, o âmbar verde também é raro. A tonalidade esverdeada acontece porque a resina entra em contato com plantas, reagindo ao pigmento clorofila. O âmbar verde tem um estrutura “cristal”. Por essa aparência cristalina, pode ser chamado de âmbar “açúcar”, por exemplo.
Em tempos ancestrais, um fitoterapeuta, assistente de um padre, usava âmbar com motivos de ervas. O âmbar desta tonalidade o ajudou a conversar com espíritos da flora mundial e selecionar as plantas necessárias.
Âmbar Transparente
O âmbar transparente de tonalidade amarela corresponde a cerca de 10% do âmbar encontrado. Normalmente, são encontrados em peças pequenas. Assim, as maiores se tornam especialmente valiosas. Além disso, este é o tom de âmbar que mais possui inclusões.
Esta poderia ser chamada de cor “primária” do âmbar, pois a resina fresca se assemelha a este tom. Dependendo do grau de oxidação do âmbar, pode haver mudança de amarelo para vermelho escuro.
No final do século 18, era comum usar o âmbar transparente quase incolor para a fabricação de óculos.
Em 1691, o artista Persa Christian fez lentes e óculos de âmbar pela primeira vez. Na época, os cientistas diziam que a óptica âmbar é de qualidade superior à do vidro. O último relatório sobre o uso de óculos de vidro âmbar data de 1835, relatório de Londres.
Os efeitos mudam com a tonalidade?
As joias de âmbar são em si uma verdadeira maravilha da natureza. Com tantas histórias, evolução, cores, transformações e calor, a resina de âmbar é um encanto que as pessoas adoram admirar e usar como adorno.
No entanto, deve-se entender que a cor do âmbar não gera influência no efeito anti-inflamatório e analgésico. Desta forma, a coloração é mais uma questão estética. Apesar de relatos sobre alguns tons de âmbar terem mais efeito em determinadas partes do corpo.
Agora que você conhece a formação do âmbar em suas variadas tonalidades, já sabe qual coloração de colar de âmbar você vai adquirir? Aprenda também qual é a melhor forma de conservar e armazenar suas joias de âmbar báltico. Acompanhe a gente para mais informações sobre o âmbar báltico. Fique ligado no nosso blog!